Tarefas e Progresso

- PT 1. Gestão e Coordenação do Projeto
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Como queremos assegurar uma boa execução técnica e financeira do Projeto bem como garantir que todos os trabalhos sejam efetuados de forma eficiente, tendo sempre por base a melhor informação técnico-científica disponível, definimos 3 tarefas de gestão e coordenação.
- PT 2. Trabalhos Preparatórios
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Para podermos alcançar os resultados desejados, decidimos que é preciso fazer uma caracterização da situação de referência dos zimbrais dunares, quer em termos biológicos como socio-ecológicos. Por isso, iremos realizar uma cartografia detalhada do habitat, a nível nacional, definir o seu estado de conservação e inquirir a população local sobre a perceção e valoração que estes têm sobre o habitat-alvo. Adicionalmente, queremos conhecer em detalhe a capacidade de instalação das espécies de zimbros dunares. Só depois destas tarefas concluídas é que poderemos garantir um plano eficaz dos trabalhos de intervenção, quer a médio como longo prazo.
- PT 3. Produção de Plantas
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De forma a sustentar o restauro dos zimbrais dunares e dos habitats contíguos, iremos recolher sementes e estacas das espécies características, e de outras importantes para a biodiversidade local, para produzir as plantas necessárias às plantações. Entretanto, durante este processo iremos elaborar (e divulgar) os protocolos de germinação das espécies propagadas para que outras pessoas também o possam fazer. De notar que as espécies-alvo de propagação são espécies de plantas raras, que pouco ou nada se sabe sobre elas, e que nunca foram multiplicadas em viveiro.
- PT 4. Restauro e melhoria do estado de conservação dos zimbrais dunares
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Sabemos que um dos maiores problemas associados à conservação da natureza são as espécies exóticas invasoras, o fogo e as alterações climáticas sendo que, no caso dos habitats dunares, não são exceção. Por isso, iremos controlar os chorões-das-praias e as várias espécies de acácias (porque erradicar é quase impossível) que estão a degradar estes habitats. Também iremos fazer ações de controlo da dinâmica natural, através de cortes seletivos de árvores e arbustos que estão a condicionar os habitats dunares, para reduzir o risco de incêndio, promover a resiliência e criar espaço para a instalação de plantas novas. Depois destas tarefas concluídas, iremos proceder às plantações no outono, para favorecer a sua sobrevivência. Simultaneamente, iremos colocar vários tipos de abrigos para a fauna silvestre de forma a promover o funcionamento ecológico do habitat. Todas estas tarefas irão ocorrer não só nas áreas efetivas do zimbral dunar (72ha), nas áreas potenciais para o habitat (102ha) mas também nas áreas de habitats contíguos (47ha).
- PT 5. Monitorização das intervenções e da implementação do projeto
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Para acompanhar o desenvolvimento do projeto e estudar as melhores técnicas de restauro para estes habitats dunares, definimos tarefas que nos irão ajudar a monitorizar as intervenções, em particular, e a implementação do projeto, em geral. Por isso, iremos instalar cerca de 45 transectos para anualmente estudarmos a variação da estrutura da vegetação nas áreas intervencionadas bem como acompanhar o sucesso das plantações. Além deste trabalho de campo também iremos estudar a eficiência da deteção remota como ferramentas de monitorização. Iremos igualmente monitorizar o impacte das intervenções efetuadas na fauna silvestre bem como o envolvimento da população local no projeto. Esperamos que no final possamos definir um protocolo, o mais eficiente possível, de monitorização que possa ser exportado para outros projetos e/ou outras áreas territoriais.
- PT 6. Comunicação e disseminação do Projeto
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Divulgar o projeto aos mais variados tipos de públicos é uma missão ambiciosa, mas fundamental para a sustentabilidade da gestão e conservação dos zimbrais dunares. Só através da partilha de informação é que é possível desenvolver a perceção ambiental da sociedade civil e dos mais variados atores sobre a importância destes habitats dunares, em particular, bem como estimular a consciencialização para a conservação da natureza, em geral. Por isso, definimos várias tarefas. Umas, destinam-se à publicidade, como por exemplo, criação de um Website, Redes Sociais, painéis informativos, brochuras, notícias, entre outos materiais divulgativos. Outras são mais específicas a cada público-alvo, como por exemplo, à comunidade educativa, aos principais gestores e decisores do território, à população local, à comunidade científica, entre outros.
- PT 7. Sustentabilidade, replicação e transferência
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Por fim, garantir a sustentabilidade, a replicação e a transferência dos conhecimentos adquiridos durante o projeto é tão importante como qualquer um dos pacotes de trabalhos anteriores. Por isso, definimos tarefas que envolvem identificar possíveis financiadores e colocá-los em contacto com proprietários que possuam áreas de habitat efetivo ou potencial, interessados em conservar os zimbrais dunares. Paralelamente, iremos criar e disponibilizar, em inglês, uma plataforma on-line, onde se poderá aceder à informação sobre as técnicas de gestão e conservação dos zimbrais dunares testadas durante o projeto, para poderem ser utilizadas à escala europeia. Pensámos também em assegurar um planeamento integrado e sustentável dos zimbrais dunares em Portugal e por isso iremos criar um Plano de Ação para o Habitat.